domingo, 3 de janeiro de 2010

Feliz 2010


2010, preciso escrever alguma coisa no começo desse ano. Todo mundo faz isso, eu normalmente tento nadar contra a corrente, tento ser diferente e acabo assumindo o que mais quero evitar, o clichê.

Me preocupei tanto em não fazer o que os outros fazem por padrão que, ir contra a maré acabou se tornando o meu padrão, às vezes quero ser só mais um e agir como todos, mas esse padrão me impede.

Ah que novidade, esperar a virada, abrir uma champanhe, abraçar e desejar feliz ano novo vestido de branco e bla bla bla. Isso é rídiculo. Ridículo e de certa forma divertido, simples, comum, normal e SEMPRE vai acontecer.
A minha meta pra 2010 é ser só mais um. Talvez assim eu consiga mais pessoas me suportando ao invés de achar que eu não suporto ninguém. Talvez consiga falar mais, e pare de achar que todo mundo fica de saco cheio quando eu falo. Consiga escutar como amigo, consiga ser um amigo.


Acho que raríssimas vezes fui amigo de alguém, já fui irmão mais velho, conselheiro, crítico, pai, filho, mas amigo? Não que eu me lembre.
Há alguns anos passeei por esse tema, mas vejo que era apenas uma das minhas máscaras.

Já gastei tempo demais tentando me adequar ao mundo e deixando de lado quem eu sou, quem eu quero ser. Tá certo, se formos ler tudo que já escreveram sobre algo que nos interessa, gastaríamos a vida inteira e não chegaríamos nem perto de começar. Cansei de me esconder atrás de bases condecorativas. Cansei de precisar de um certificado emitido por uma instituição para me sentir no direito de exigir meu direito.

Esse ano será o ano da escrita, colocarei no papel meus pensamentos que sei, são um pouco a frente da maioria que partilha a mesma idade que eu. Deixarei o posto de leitor que se esforça por ler para poder citar e, passarei ao posto de escritor que se esforça por escrever para ser citado.

Se isso vai dar certo? Claro que vai, e não porque sou formado, ou porque serei pós-graduado, mas sim, porque é pra isso que vim, é isso o que tenho que fazer.

Quando você não tem saco para ouvir, fale.
Quando não tem saco para tomar aulas, pratique por conta propria.
Quando não tem saco para aguentar patrões, se torne um patrão.
E no meu caso, quando não tenho saco para ler, escrevo.

A melhor forma de saber o que os outros escreveram é colocando no papel aquilo que você pensa. Assim que você publica imediatamente virão os críticos te acusando de plágio porque não sei quem já falou isso, ou te chamando de louco porque não sei quem disse o contrário.

Dessa forma eu poupo o tempo de ler, deixo meu legado menos manchado de controversias e "adolescentices" e ainda aprendo sobre os outros autores.

É, esse é um texto de alguém que está de saco cheio de si mesmo, de saco cheio de ficar esperando a aprovação dos outros para dar seus passos. Quero andar, e esse ano prometo que começo, não importa quão dificil seja, eu vou dar o primeiro passo.

Feliz ano novo pra você.

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