quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Felicidade (beta)



E ele conseguiu... chegou onde queria, ao menos perto. As coisas não são tão belas quanto as promessas contavam, as facilidades não se encontram onde deveriam.
Ainda existe dor, ainda existe dúvida e, cada recomeço é menos vívido, menos colorido... temo que o amarelado se torne cinza e que o cinza se torne negro.

A felicidade como pregada não pude ver ainda, são lapsos, como os de loucura, de ódio, de paixão. Ainda não posso dizer que isso é alegria, euforia. Felicidade? Falta-me o elo que permita entender do que isso se trata.

Olho para os lados vejo sorrisos, vejo pessoas cantando ao vento o quanto são felizes, o quanto a noite de ontem foi maravilhosa... Bando de miseráveis, só posso dizer que são isso.
Choram no travesseiro, ignoram o próprio olhar no espelho, se embriagam com o álcool da vaidade e da perversão para mascarar as olheiras do cansaço de viver. Dormem feito anjos sob o efeito dos entorpes mundanos, mas a mente não descansa, a mente luta para tentar entender, para tentar ser ouvida. 

Não se deve encobrir o que o coração luta tanto para mostrar. Não se deve beijar uma pessoa para esquecer outra. Assumir um compromisso para evitar o vazio. O vazio deve ser preenchido, não ocupado. Tralhas, tralhas e mais tralhas de pensamentos infantis, ciúmes adolescentes e manipulações adultas que não servem para nada, nem mesmo para serem recicladas.

Parece que aquilo que procuramos sobra nos outros. E se isso for verdade sorte de quem estiver procurando indagações, porque estou cheio delas.

A felicidade então deve ser algo que não se sente, mas, sim o que te mantém buscando a vida ao revés da morte. Se querer ficar vivo para buscar algo maior é ser feliz, então eu sou a pessoa mais feliz do mundo.

Sorrisos, salva de palmas, elogios, comentários? Não, obrigado. Já tenho isso de sobra sapateando na minha mente.

PAZ